Necessidade

Ele é assim meio desligado, meio ligado demais. Ele é doce como um pote de mel cheio de abelhas o rodeando tentando desenroscar a tampa. Ainda não aprendi dizer não pra ele, aqueles olhos expressivos, apertadinhos e espertos me deixaram apaixonada desde o primeiro momento. Ele tem as mãos mais macias que minha pele já sonhou, e como adoro mãos. Ele, apesar de tudo, consegue me irritar como ninguém! me faz descer do salto legal, daquelas descidas inimagináveis e sem sentido, pois só com ele eu discuto o mesmo assunto por três horas seguidas, tudo regado a lágrimas, alterações e risadas irônicas, pra depois assistir o por do sol na varanda agarradinha nele.. vai entender.. Eu ainda não percebi o que causa tudo isso, se é o medo de não sentir mais o cheiro do seu cabelo no travesseiro ou uma teia gigante que cerca nossa vida e nos deixa sem saída alguma, voltando sempre, invariavelmente, para os braços um do outro.. Nunca acreditei em amor romântico, ou nunca quis acreditar, porque sei das dores, sei do mal estar físico e nítido de uma nescessidade tão urgente quanto o mp3 nas minhas viagens diárias em ônibus abarrotados de trabalhadores assalariados como eu. Na verdade ainda não sei lidar muito bem com toda essa tempestade de bem querer, de nenhuma das partes, dele e minha. Então surge o ciúme, o trocar tudo pela presença do outro, os domingos embaixo do lençol.. Pois é, tudo tem seu lado bom também e talvez por isso eu tenha embarcado nessa. Mas não tem jeito, não aguentamos a distância, a falta da voz querida do outro para reconfortar a tarde, os passeios aos sábados, os beijos tão repletos de carinho e urgência que tiram meu fôlego..Sei que ele sempre será o passarinho que pousa na minha janela pedindo abrigo da chuva, para voltar depois num dia mais florido, me trazendo um lindo sorriso dentro do seu canto tão sutil.

Sem paciência pra título.

Fui assaltada quinta feira a noite. Ô gente perturbada! Dois rapazes de moto, moleton, óculos da hora e uma arma na mão, a violência urbana só atinge níveis inestimáveis quando acontece com nós mesmos. E aconteceu comigo, minha bolsa linda e querida.. snif.. se foi. só me dou conta do meu tamanho materialismo quando perco alguma coisa. Bolsa de mulher é aquilo, é a própria casa! Foi-se óculos, celular, carteira, documentos, cartões, dinheiro, nescessaire, tudo! Fora o transtorno, a nossa amável comunidade policial, sempre antipática e pouco prestativa. perdi praticamente um dia inteiro de trabalho resolvendo os enlaces, sem contar que ainda estou indigente, preciso ir no Poupa Tempo. De todos os sonhos e avisos que tive.. agora sei o que queriam dizer, mas vão se os anéis ficam os dedos! é assim que prefiro pensar.

Passei o final de semana dançando ao balanço do Michael e dos Jackson 5 pra celebrar a arte e a vida de mais um grande artista que se foi cedo. Esteja em paz Michael.

Virgem com ascendente em aquário

O Ascendente Aquário é idealista, original, inventivo e independente, o que o faz repelir a ordem estabelecida das coisas e ser um rebelde por natureza. O mundo para ele é uma grande “tribo”, onde deve existir igualdade para todos e por isto ele advoga em prol das causas coletivas. Divertido, prefere ser amado do que admirado. Futurista, está sempre atrás de novas tendências. É através dos grupos que ele alimenta a sua individualidade e identidade. Sua maior busca deve ser o respeito pela individualidade de cada um como ser único e exclusivo, mesmo que isto signifique aceitar emoções, para ele consideradas irracionais.

Virginiano você sabe como é..

Virgem é signo da Terra: todo certinho, analítico, pé no chão, crítico, com mania de perfeição, racional, inteligente, introvertido...

Aquário é signo de Ar: amante da liberdade, revolucionário, aventureiro, extrovertido, meio aéreo, desligado, curioso, inconstante...

Então essa confusão na minha cabeça talvez seja caracteristica astrológica mesmo..

Caso ou compro uma bicicleta?

Cá estou eu prestes a tomar uma difícil decisão. logo eu uma pessoa teoricamente esclarecida nessas questões sentimentais caí numa armadilha. Quando a paixão se transforma em carinho e a cumplicidade simplesmente? por que pra mim essas características pertencem a amizade e não ao amor romântico, não que eu seja romântica, mas preciso de mais do que isso para me entregar a alguém. As coisas se perdem com o tempo e as pessoas se confundem, não que eu seja uma pessoa confusa, bem, as vezes sou um pouco, mas até então esta era uma confusão particular, algo onde eu conseguia me encontrar, era minha bagunça organizada. e derrepente ela saiu dos eixos e invadiu minha vida amorosa. e aquela plantinha verde e vistosa que eu estava cultivando em meu vasinho azul da cor do mar está murchando vertiginosamente, tá virando adubo pra uma próxima oportunidade de plantio.

Bom dia sol!

Normalmente eu gosto do céu bem alaranjado assim como no fim da tarde ou ainda mais misterioso como o das 6:00 da manhã, ele me deixa em paz e relaxada.. Durante minha semana eu realmente acordo cedo, antes do pai sol surgir no horizonte já estou na rua, mas o corre- corre consome a gente, não consigo ve-lo surgir da janela do trasporte coletivo que viajo todos os dias para o trabalho. Então acordo bem cedo no sábado. e isso parece tão indie e tão alternativo, coisa dessa onda de espiritualidade que parece invadir o planeta, mas é bom, definitivamente.
A neblina costuma pairar no meu bairro cercado de matas, quando derrepente alguns raios furam tímidos a camada branca que fica entre o vapor e o algodão. e eu não posso fazer mais nada além de reverenciar mais um dia em que posso abrir meus olhos e ver a força e a beleza do tempo agindo em nossas vidas. agradecer ao sol por ter voltado outra vez, ele que mesmo decepcionado com as crueldades desse mundo sempre volta para nos iluminar e ver como andamos nos comportando, ainda que não estejamos lá para sauda-lo.

Tudo que eu queria

Você não vale nada, mas eu gosto de você!

Você não vale nada, mas eu gosto de você!

Tudo que eu queria era saber porquê?!?

Tudo que eu queria era saber porquê?!?

Nem

Pois então, não vou sentir nada hoje. Nem dor de cabeça, nem felicidade intensa. Nem culpa, nem medo. Não vou usar o meu ar irônico ou se quer meu sutiã vermelho. Não vou sentir o peso dos meus dois empregos, nem o caos dos meus dias de assalariada. Não vou me desesperar pelo não feito, nem vou me irritar com o mal feito. Não vou me revoltar com a televisão nem com qualquer mídia dessas baratas e insanas. Não vou derramar nenhuma lágrima pelos meus problemas. Nem vou me importar com minhas fraquezas ou desejos que me consomem. Não sentirei prazer nem amor, tristeza ou poder. Nem raiva do mundo. Nem loucura de viver. Nem, se quer, saudades de você.
Hoje meu espírito saiu pra passear, ficou aqui só minha carcaça de vinte e poucos anos esperando o futuro acontecer.